terça-feira, 31 de maio de 2011

Carbúnculo sintomático ou simplesmente manqueira ou mal do ano

É uma enfermidade febril, aguda caracterizada por uma miosite gangrenosa que compromete os ruminantes ( bovinos e ovinos ), onde há uma ativação dos esporos em formas latentes. Esta enfermidade esta estendida em todo mundo. O seu agente etiológico é o Clostridium chauvoei que existe de modo natural no trato intestinal dos animais. Provavelmente pode permanecer viável no solo durante muitos anos. A maioria das lesões se desenvolvem espontâneamente sem nenhuma história de feridas, embora traumatismo pós manejo de curral podem precipitar o aparecimento desta enfermidade. Esta doença ataca os animais entre nove meses a dois anos, mas os animais mais velhos também podem ser afetados. Sempre os melhores animais são comprometidos por apresentarem uma massa muscular mais desenvolvidas. Tem ocorrência maior nos meses de verão e outono, sendo mais rara nos meses da estação fria do inverno. O começo da enfermidade pode ser súbito, e alguns bovinos podem ser encontrados mortos sem sinais prémunitórios. Correntemente há claudicação (manqueira ) aguda e marcada depressão do animal. À principio pode ter febre, porém nos momentos mais evidentes dos sintomas, a temperatura pode estar normal a sub normal. Na macroscopia desta enfermidade temos um aumento de volume da massa muscular com crepitação no local , e quando faz-se um corte desta lesão observa-se um tecido subcutâneo com intenso edema gelatinoso avermelhado em torno da lesão. A musculatura comprometida é negra, seca, porosa e friável. O fígado, coração, e rins estão pálidos. O curso é rápido podendo levar à uma toxemia intensa e morte em 24 horas. O rigor mortis nestes animais é bastante precoce e entra rapidamente em putrefação. Observar as fotografias apresentando aumento de volume da musculatura e o corte da mesma.

domingo, 29 de maio de 2011

Mesotelioma

São raros os tumores pleurais primários. Os tumores originários da serosa são denominados mesotelioma, às vezes considerados como malignos, porém esta classificação torna-se desnecessárias, pois todos tem carácter maligno. Não são frequentes e são mais comuns nos bovinos, embora se apresentem em todas as espécies. Estes tumores são semelhantes aos mesoteliomas cerebrais, e, ao contrario da maior parte dos tumores animais, mostram uma incidência maior com a idade embora apresentam nos animais jovens e recém nascidos. Os nódulos destes tumores apresentam como placas irregulares rugosas no peritônio parietal e visceral, com uma superfície carnosa irregular que pode ser papilosa e com aspecto central gorduroso, como mostra a foto ao lado. Pode levar à uma ascite, produzindo opacidade da serosa neoplásica, tendo uma semelhança com a peritonite granulomatosa cronica, se bem que o mesotelioma não provoca aderências.

Piometra em cadela ou endometrite hiperplásica

É o acumulo de pus no interior do útero acompanhado de alterações hiperplásicas da mucosa uterina. Este transtorno se encontra com maior frequência em cadelas de mais de 5 anos de idade. A enfermidade se atribui à disfunção ovárico com aumento da secreção de progesterona. O conteúdo do útero afectado pode ser estéril,  mas também pode haver ampla  contaminação bacteriana. Os microoganismo que se encontram com maior frequência são Escherichia coli e Streptococcus. A maioria dos dados sugerem que a metrite é na maioria da vezes uma infecção bacteriana, mas a piometra parece ser de origem endócrina. A anorexia é o primeiro sintoma, seguido de depressão, polidipsia e poliuria Os vômitos com frequência aparecem depois de tomar líquidos. Pode também ter hipertemia que logo passa-se a sub normal. Se desenvolve uma debilidade progressiva de tal maneira que o animal não consegue ficar de pé. O abdomem esta distendido e dolorido. Ao lado observa-se na fotografia o útero de uma cadela bastante aumentado de volume, e no seu interior bastante certamente muito pus.

Piometra em vacas

Ocorre como uma doença específica do pós-parto em vacas. Caracteriza-se pelo acumulo de exsudato purulento ou muco purulento no útero, na presença de corpo lúteo ativo em vacas acíclicas. Afeta cerca de 5% das vacas leiteiras em cada período de lactação. A involução uterina retardada é um fator pré disponente principal, que sempre esta acompanhada de retenção de membranas fetais, durante o parto, devido a stress causado por distocia, aborto, enfermidades sistêmicas ou má nutrição Correntemente há um exsudato fétido no útero, que às vezes pode chegar a acumular litros de pus no interior do útero. O útero está está aumentado de volume, edemaciado e friável, de tal forma que para explora-lo tem que ter precaução. A manipulação uterina por palpação retal pode causar peritonite se houver ruptura do mesmo. Mostra-se ao lado duas fotografias de úteros distintos com esta alteração( piometra).

sábado, 28 de maio de 2011

Baço duplo

As funções do baço não são perfeitamente conhecidas, mas sabe-se que é um importante reservatório de sangue; tem importante papel na elaboração de anticorpos; participação na destruição dos  glóbulos vermelhos (hemocaterése ) e ativa participação na formação do pigmento biliar e no armazenamento do ferro. Sabemos também que  não é um órgão indispensável à vida. Entre as patologias do baço esta alteração congênita que é o baço duplo, como mostra a foto é uma alteração relativamente comum nos suínos e nos bovinos; tais órgãos são muitas vezes bem conformados morfologicamente. Os baços duplos devem ser distinguidos dos baços dobrados ( por traumatismo por exemplo ). Para que se considerem tais órgãos duplos ou mesmo triplos, é necessário que todos possuam hilo vascular com veias e artérias próprias.

Cisto paraovário

Não são localizados propriamente nos ovários, como sua própria denominação está a indicar. É um conceito que se usa com menor frequência para referir diversas estruturas císticas de localização adjacente aos ovários. Situam-se no mesovário, na fímbria ou na tuba. Estes cistos podem alcançar diâmetro de vários centímetros repletos de líquidos claros e pode encerrar ou não hormônios estrogênicos, podendo confundir-se com cistos ovários verdadeiros como mostra a foto. Ocorrem principalmente na vaca, embora a foto do cisto paraovárico seja de uma cadela.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Enfisemas



Enfisema é um estado patológico do pulmão em que seu conteúdo aéreo se apresenta aumentado. Essas quantidades exageradas de ar podem estar localizadas no próprio alvéolo, como na foto inferior, ou no interstício pulmonar, como na foto superior. A primeira forma de enfisema dá-se o nome de alveolar ou vesicular e a segunda, de intersticial. O alveolar é mais importante que o intersticial, por sua maior frequência. Se o enfisema compromete todo o parênquima pulmonar é chamado de difuso;se apenas porções do pulmão são comprometidas, é chamado de parcial. Ao enfisema que se acompanha da formação de grandes cistos com ar geralmente subpleurais, dá-se o nome de bolhoso como na foto ao meio. O enfisema pode ser observado em animais velhos e resulta provavelmente de deterioração das fibras elásticas e de reticulina do pulmão, e é denominado senil e não oferece maior importância para nós. Um dos sintomas  característicos é a dispnéia com exagero e prolongamento da fase expiratória. Há aumento de profundidade do movimento respitatório. Existe tosse fraca que adquire carácter sibilante com o exercício. À percussão a caixa torácica é bastante sonora. Nos casos mais avançados, à auscultação revela a presença de fortes estertores crepitantes. O pulmão enfisematoso macroscopicamente, torna-se volumoso e com frequência ocupa a área medistinal. À palpação apresenta consistência cotonosa, e é hipercrepitante.

Rinite atrófica dos suínos


É uma enfermidade morfoclínica de causa desconhecida ou mesmo bastante complexa. O fator mais importante desta entidade morfoclínica é a hipotrofia dos ossos dos cornetos, nasais, e lâminas dos seios e pode também, em algumas ocasiões, existir hipotrofia irregular dos cornetos e ossos nasais. A enfermidade é considerada como infecciosa e transmissível, mas uma grande variedade de agentes tem sido incriminados como causais mas ainda permanece muitas dúvidas, inclusive a etiopatogenia por deficiência de Ca ( osteodistrofia fibrosa generalizada ), que modestamente participo desta etiologia. Não é fatal na ausência de complicações, mas como ocorre em suínos jovens determina um considerável retardo em seu crescimento. Clínicamente se apresenta com descarga nasal serosa ou mucosa que mais tarde pode tornar-se purulento. Flocos de sangue podem ser observados juntamente com o corrimento nasal, e às vezes, verdadeiras hemorragias profusas. Com o desenvolvimento do processo há deformidades das fossas nasais, podendo ser simétrica ou assímetrica como demonstra a fotografia superior e inferior. Podemos resumir as lesões macroscópicas da rinite atrófica como mostra as duas fotografias: desvio maxilar para a direita ou esquerda, encurtamento e " levantamento " para cima do maxilar com enrugamento da pele da parte superior do nariz; hipotrofia total ou parcial das das conchas; conjuntivite com um halo escuro ao redor do olho; obstrução do canal nasolacrimal; mucosa edemaciada e espessa recoberta com exsudato seromucoso ou purulento.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dictiocaulose bovina

Estes parasitos provocam nos bovinos a conhecida pneumonia por Dictiocaulose. Os Dictiocaulos em sua fase adulta parasitam os pequenos brônquios, onde determinam, além de bronquites, enfizema, atelectasia e às vezes até mesmo broncopneumonias, estas sobretudo quando as condições de nutrição do animal são precárias. Os parasitos adulto que medem poucos centimetros de comprimento, são encontrados na luz de pequenos bronquios, de permeio ao edema pulmonar como demonstra a foto ao lado.
A presença do parasito nos pulmões determina uma irritação do epitélio das vias aéreas superiores, estimulando a produção de exsudato rico em eosinófilos, que levam ao broqueio dos bronquios, resultando em um processo de atelectasia dos alvéolos , principalmente na extremidade do órgão. Pode levar à serias complicações pulmonares como edema pulmonar, enfisema compensatório e bronquiectasia. Os sinais clínicos incluem respiração rápida e superficial, tosse constante, secreção nasal e temperatura elevada. O animal apresenta-se ativo, contudo, mostra dificuldade em se alimentar, devido aos distúrbios respiratórios. A evolução da doença é rapida e dentro de 24 horas, a dificuldade respiratória se torna bastante evidente.

Colangiohepatite parasitária crônica

É uma inflamação de carácter cronico que compromete o parênquima do fígado e seus colangíolos, cuja etiopatogênia esta relacionada por uma grande infestação por Ascaris, cujos vermes adultos vivem na luz do intestino delgado. As larvas podem ser encontradas em migração para diversos órgãos ( estômago ou vias biliares ). Tem 30 cm ou mais de comprimento e são bastante grossos. É uma das mais importantes parasitoses dos suínos tanto pela frequência registrada como pelas perdas econômicas que acarreta. Os vermes adultos podem reduzir de modo importante a velocidade de crescimento nos animais jovens; se são bastante numerosos, podem causar obstrução mecânicas no intestino, inclusive podendo produzir ruptura do mesmo levando a uma peritonite, ou podem imigrar para as vias biliares e ocluílas, produzindo icterícia do tipo  obstrutiva. Esta imigração destas larvas através do fígado, causa hemorragia e fibrose que aparecem como manchas esbranquiçadas denominadas manchas leitosas ("milk spots" ), como demonstra a fotografia.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Linfossarcoma em cão

É uma enfermidade progressiva fatal dos cães caracterizada por proliferação das células linfóides de origem dos órgãos linfóides ou da medula óssea ( leucemia linfocitica ). É a neoplasia mais comum dos cães. Todas as raças são afectadas, tendo uma incidência significativamente mais alta nos boxers. Não há prevalência por sexo. Correntemente todos os linfonódios superficiais e alguns internos estão aumentados de volume até 3 a 10 vezes o normal. Os linfonódios afectados são livremente móveis, firmes, acinzentados, e avultam à superfície de corte, e perdem a demarcação cortico-medular, tomando uma coloração brancacento cansativa. Frequentemente há hepatoesplenomegalia difusa ou nódulos múltiplos de tamanho variável, pálidos e disseminados no parênquima. Este animal da fotografia todos os linfonódios cervicais próximo ao tórax estavam comprometidos.

Parvovirose canina ou enterite parvoviral

É uma gastroenterite aguda com morbidade e mortalidade variável, causada por um parvovirus. Tem sido acometidos cães de todas as idades, e o macho parece ser mais susceptível. Tem sido descrito mortes super agudas, porém com maior frequência a enfermidade se caracteriza por desidratação, inactividade, diarreia liquida e sanguinolenta como mostra a foto ao lado, ou às vezes, liquida e parda e com vômitos. Há dor abdominal à palpação. A temperatura é normal a subnormal nos cães mais velhos e chega até 41º C nos mais novos. Após dois dias pode observar edema de córnea. À necropsia nota-se uma mucosa gástrica edematosa e com bastante presença de muco. A serosa intestinal está enrugada, granular e inelástico, coberta por fibrina como mostra a foto abaixo, e a sua mucosa interna com exsudato catarral, avermelhada, às vezes com sangue imiscuído com restos de mucosa intestinal, pois esta apresenta totalmente necrótica e hipotrófica. Os linfonódios estão reagentes. A carcaça esta desidratada. Pode haver miocardite. O vírus pode ficar meses no local. Pode-se usar desinfetar o ambiente usando a vassoura de fogo, e após esfriar, usar frequentemente e continuado a água sanitária uma vez por semana durante um mês.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Histiocitoma em cão

Os histiocitomas são nódulos únicos ou múltiplos que se encontram na pele dos cães, geralmente com menos de 2 anos de idade. Com máxima frequência se encontram na cabeça, patas e nos pés. Macroscópicamente tem 1 a 2 cm de diâmetro, em forma de botão, e com frequência se ulceram. A superfície de corte é de coloração cinza pálido, com pontos milimétricos vermelhos. Estes tumores não metastasiam, porém os nódulos ulcerados podem infectar-se, e neste caso o tratamento de eleição é a incisão cirúrgica. Comummente regridem espontâneamente.

Corpos estranhos na moela das aves

A anatomia do canal alimentar das aves é notadamente diferente da dos mamíferos na área da boca na presença de um papo no esôfago e na existência de um estômago muscular a moela que é altamente especializada para trituração dos alimentos. A galinha não tem dentes motivo pelo qual não realiza mastigação alguma do que ingere. Em sua voracidade pode chegar a engolir pedras que, retidas em seu organismo ajudam a moer os alimentos. Entre outras coisas, encontra-se no estômago das aves mais de quilos de areia, trapos, lenços, cordas, moedas, chaves, e como mostra a fotografia até um prego.

domingo, 22 de maio de 2011

Pericárdite fibrinosa

É a inflamação do pericárdio resultando no acumulo de líquido ou exsudato entre o pericárdio visceral e parietal. As doenças cardíacas que afetam primariamente o pericárdio representam apenas 1% de todas as doenças cardíacas no cão. Pode-se ainda dizer que as pericardites são invariavelmente secundárias a afecções do miocárdio e endocárdio ou lesões de outros tecidos por continuidade através do sangue e da linfa. A pericárdite fibrinosa geralmente são hematógenas, mas pode ser causada por contiguidade. Esta enfermidade no inicio há dor à percussão e palpação. O animal evita movimentos e fica em posição de abdução, arqueado, e com respiração abdominal. Há forte atrito do pericárdio e com aumento do líquido e separação das membranas , diminui o atrito e atenua os batimentos, pois há compressão pelo exsudato levando à uma insuficiência cardíaca congestivo. Há hipertermia e taquisfigmia. À necropsia observa-se um coração rugoso, aveludado, tomando um aspecto de pão com manteiga  na superfície do saco pericárdio como mostra a foto ao lado. 

sábado, 21 de maio de 2011

Raquitismo em bezerros



É uma alteração metabólica óssea , onde há uma menor mineralização da matriz orgânica, mas o crescimento ósseo aposicional esta normal. A etiologia desta enfermidade esta relacionada com o produto cálcio e fósforo. onde eles devem estar  em equilíbrio para ocorrer a mineralização normal. Esta deficiência pode ser primária ou seja alimentar, ou ainda secundária a uma má absorção intestinal, principalmente devido verminoses intensas como no caso destes  bezerros da fotografia ao lado. As lesões anatomopatológica aparecem nas epífises que estão engrossadas, bem evidente na junção costocondral ( rosário raquítico ). Ossos são fracos dobrando com facilidade e apresentando cortical bastante fina,  em contra partida a medular esta ampla. Ao cortar o osso ele apresenta fino e a sua linha epífisária é bastante irregular como na foto inferior.

Polioencefalomalacia ou necrose cerebro cortical

É uma alteração metabólica aguda, de causa não infecciosa que acomete ruminantes em qualquer idade, sejam em confinamento ou criados extensivamente. São varias as causas dessa enfermidade e muitas ainda desconhecidas. Antigamente pensava-se na deficiência da vitamina B1 ( tiamina ). Hoje outras causas são apontadas, como alto consumo de enxofre, ingestão de carcaças, intoxicação por cloreto de sódio ( Cl Na ), etc. É caracterizada clínicamente pelo aparecimento súbito de cegueira, decúbito, opistótomo, nistagmo, ataxia, estrabismo, podendo chegar a coma e morte. No inicio alguns animais podem isolar do rebanho e  apresentar certa agressividade e excitação. À necropsia pode-se observar áreas amareladas deprimidas ou não na superfície do cérebro, penetrando pela cortical do órgão como mostra a fotografia. Ocorre melhora no quadro clínico quando usa a vitamina B1 no inicio da doença na dose de 20 mg / Kg / PV associada a O.2 mg / Kg / PV de dexametazona

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tifo aviário

Embora causada por uma Salmonella bastante semelhante ao agente da pulorose, apresenta uma relação parasito hospedeiro com a ave bastante diferente. A S. gallinarum é altamente patogênica para as aves em qualquer idade, mas acomete mais as aves adultas O combate ao tifo aviário tem sido feito por meio de uso de antimicrobianos e vacinas, mas no Brasil notou-se que os antimicrobianos altera o quadro geral sem resolve-lo e, em diversa ocasiões, a retirada do medicamento diminui a mortalidade do lote, e esta diversidade de resultados deve-se a falta de conhecimento do ciclo epidemiológico do tifo aviário. Tem distribuícão mundial. As galinhas são os hospedeiros naturais da S. gallinarum. O curso da doença é de mais ou menos uma semana. As aves acometidas ficam quietas, prostradas. deitam-se, não se alimentam, apresentam diarreia esverdeada a amarela esverdeada, queda de postura, dispnéia e intensa anemia até a morte. À necropsia observa-se órgãos congestos e anemia, havendo também hepatomegalia e esplenomegalia com 3 a 4 vezes o tamanho normal destes órgãos como mostra a foto ao lado. O fígado esta friável, esverdeado ou amarelo esverdeado, bronzeado, e com pontos necróticos de coloração brancacento ou branca amarelada como aparece na foto. A vesícula biliar esta bem distendida pelo aumento da bile. Os pontos necróticos podem também aparecer no baço e no coração. Não aconselhamos o tratamento. O controle pode ser feito por manejo e exames sorológicos, e sacrifício compulsório para as aves infectadas por S. pullorum e gallinarum.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rim de manchas brancas dos bezerros

É uma forma de nefrite intersticial focal não supurativa melhor conhecida, e a que corresponde ao rim de manchas brancas dos bezerros, fotografia ao lado. É muito frequente. Parece ter pouco signicado, porque se trata essencialmente de um achado acidental em bezerros jovens e possivelmente regride com a idade. Em alguns casos, sem duvida, se produz a morte por insuficiência renal. A lesão típica  são nódulos cinza brancacento visível através da cápsula renal, porém especialmente patente quando esta se elimina. Os nódulos podem medir 0.5 a 1cm de diâmetro, e os maiores se projetam na superfície da cápsula. A cápsula pode desprender-se com facilidade ou pode mostrar  aderências fibrosas ou fibrinosas na superfície de um ou vários nódulos como mostra a foto. Na superfície de corte os nódulos parecem estar confinados na córtex e são cuneiformes e com aspecto e textura de tecido gorduroso.

Nefrite intersticial focal

È a presença de pontos milimétricos na superfície renal, que ao corte adentra-se pela cortical renal. Estes focos de inflamação como são geralmente múltiplos como mostra a fotografia, podem progredir coalescendo e passam para uma nefrite difusa, ou seja comprometendo todo o órgão, embora o tipo difusa seja infrequente nos cães. As nefrite focais é a mais comum no cão, embora possa aparecer como achado acidental de necropsia em qualquer espécie. A elevada percentagem de lesões secundárias da nefrite intersticial na espécie canina faz mesmo com que este animal, tão útil na experimentação médica, não se preste adequadamente a trabalhos de laboratório com substâncias que atuam diretamente sobre o parênquima renal. A lesão ora evoluem para a cronicidade, assumindo então o rim um aspecto granuloso, pela ocorrência de múltiplos e pequenos focos de retração ( pequeno rim granuloso ), fenómeno conhecido no cão, ora a nefrite intersticial marcha para a cura.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Metamorfose gordurosa ou degeneração gordurosa no figado

É caracterizada pelo aparecimento de gordura no citoplasma de células nas quais normalmente não é observada. Observar o  histopatológico na fotografia abaixo à esquerda que aparece sob forma de numerosas gotículas finas no citoplasma dos hepatócitos. Esta alteração pode ser atribuída a duas etiologias principais: A primeira devido à  toxemias de origem química, infecciosa ou metabólica, e a segunda causa devido à hipoxemia ou anoxemia. Esta metamorfose gordurosa pode ser observada em vários órgãos, mas especialmente importante no coração, rim e fígado. No fígado a gordura depositada fisilógicamente pode aumentar extremamente em condições patológicas. A presença da gordura diminui o peso específico dos tecidos, assim o fígado com metamorfose gordurosa intensa pode flutuar em água. Macroscopicamente o fígado esta bastante aumentado de volume, amarelado, bordos arredondados, friável e com superfície de corte untuoso como demonstra a fotografia acima.

Esofagite em cães

Denomina-se esofagite a inflamação do esôfago. São relativamente raras, principalmente as primárias, porém a esofagite secundária pode desenvolver-se nos animais pequenos por corpos estranhos no esôfago, feridas, vómitos prolongados ou gastrites grave. Alguns autores supõem que a raridade de tal lesão seja devida a ser o órgão revestido por epitélio espesso e cornificado. São conhecidas esofagites catarrais, purulento, fibrinosa e erosiva ulcerativo necrótica. Esta última pode ser chamada esofagite do refluxo, conhecida nos cães com vómitos seguidos. Nessas circunstância, aparecem, nas porções finais do esôfago, ulcerações que podem comprometerem as dobras do órgão, e pode apresentar uma linha de demarcação da inflamação necrótica e o tecido normal esôfagico como aparece na fotografia ao lado. Tais lesões erosivas são atribuídas à ação do suco gástrico.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Habronemose cutânea nos equinos


Também denominada esponja ou úlcera de verão. Caracterizada por ferimentos de cicatrização difícil e determinada pelo ciclo de vida errático dos vermes gástrico dos gêneros Habronema spp. Seu ciclo de vida é indireto, usando como vetôres a mosca domésticas ( Musca doméstica ) e a mosca dos estábulos ( Stomoxys calcitrans ). Raramente é fatal. Causam transtornos econômicos, principalmente a habronemose cutânea. Esta enfermidade além da forma cutânea,  apresenta também a forma  gástrica que geralmente é assintomática, a forma conjuntival e a forma pulmonar. A cutânea é a forma da doença que mais se observa nos equinos. Comummente inicia em uma ferida já existente no animal, na maioria das vezes nos membros como mostra as fotografias ao lado. As lesões aparecem nos locais mais comuns de ocorrerem traumatismos e onde o cavalo não consegue remover as moscas. A lesão começa como pequenas pápulas com centro erodido. O desenvolvimento é rápido e as lesões podem atingir 30 cm de diâmetro em poucos meses. No ínicio tem um prurido intenso e isso pode levar ao auto traumatismo. Em seguida temos um granuloma castanho avermelhado não cicatrizante. Mais tarde a lesão pode se tornar fibrosa e inativa, mas  a cicatrização se dá somente no tempo frio, voltando no verão, daí o nome usual de úlcera de verão.

domingo, 15 de maio de 2011

Mandíbula de borracha

É uma enfermidade metabólica óssea generalizada caracterizada por aumento da reabsorção óssea, onde há descalcificação óssea, principalmente da mandíbula e cabeça causada por secreção aumentada da paratireóide. A enfermidade metabólica óssea localizada só ocorre no homem. É um tipo de manifestação morfológico da osteodistrofia fibrose generalizada que ocorre nos carnívoros, onde no cão ele aparece com a cara inchada, e sua mandíbula cede a simples compressão pela mão, devido a grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso na mandíbula substituindo o tecido ósseo. pois esta osteodistrofia é do tipo hiperostótica, como mostra a fotografia ao lado. Nesta alteração óssea há sempre hipocalcemia, principalmente devido a uma disfunção renal progressiva cronica. Nesta enfermidade há sempre sinais de insuficiência renal, vómitos, anorexia, polidpsia, poliúria, acidose, depressão, e anemia. Radio graficamente  os ossos apresentam aumento da radioluscência, e aumento da radiopacidade. Os dentes podem estar relativamente soltos. À necropsia, os rins são pequenos, firmes. e de consistência firme e de aspecto fibroso. Não há tratamento específicos,satisfatórios, mas o cuidado médico da insuficiência rena cronica pode prolongar a vida do animal.

sábado, 14 de maio de 2011

Spirocerca lupi em cão

Os spirocerca lupi adulto são vermes vermelhos de 30 mm (o macho) a 80 mm (a fêmea) de comprimento. Geralmente são localizados dentro de nódulos na parede esofagica. Os cães são infestados por comer um hospedeiro intermediário geralmente insetos em estrumeiras ou um hospedeiro de transporte por exemplo o frango. A maioria dos cães com esta parasitose não apresentam sinais clínicos, a não ser que o granuloma esofagico seja muito grande levando o cão a dificuldade de deglutir, inclusive podendo vomitar repetidas vezes depois de tentar alimentar. As lesões caracteristicas são aneurisma da aorta torácica, de tamanho variável em torno dos vermes, e os granulomas de tamanho milimétrico até centimétrico na parede do esófago, contendo inúmeros exemplares do parasito no seu interior como mostra a fotografia. A maior parte desta alteração granulomatosa não são diagnósticada até à necropsia.

Hiperplasia cística endometrial na cadela

Em algumas situações no endométrio uterino as suas membranas da mucosa secretória  podem acumular o fluxo uterino e as dobras uterinas da glândula dentro da mucosa impedem o fluxo da secreção para a superfície. Estas secreções então se acumulam, provocando a distensão de algumas das glândulas no interior da mucosa. Essas áreas aumentadas de retenção de secreção lembram cistos de retenção, e o processo como um todo é chamado hiperplasia cística. como mostra a fotografia ao lado. A causa usual de tais lesões é a estimulação endócrina excessiva ou anormal. O processo é reversível se os fatôres etiológicos são removidos. Esta alteração ocorre em cadelas e gatas. Esta relacionada a altos níveis de estrógeno . É considerada um dos fatôres prédisponentes para que ocorra hidrometra, mucometra e piometra. As cadelas acometidas apresentam dor e distensão abdominal.

Tetano nos equinos

É uma toxemia causada por absorção de uma neuro toxina específica no tecido infectado por Clostridium tetani. Quase todos os mamíferos são susceptíveis a esta enfermidade. As aves são bastantes resistentes sendo necessária uma dose letal de toxina de 10000 a 300000 vezes maior que para os cavalos. O cavalo é a espécie mais sensível de todas, com a possível excepção do homem. Esta enfermidade esta distribuída em todo o mundo. O período de incubação varia de uma a varias semanas. Inicialmente há rigidez localizada afectando os músculos masseteres e músculos da região cervical, os quartos traseiros e a região da ferida infestada. São evidentes os espasmos tónicos e a hiperestesia. Há dificuldade na apreensão e mastigação dos alimentos o que deriva a designação comum de mandíbula cerrada. As orelhas estão erectas, o pescoço estendido e rígido, as narinas dilatadas e há prolapso da terceira pálpebra. Andar para trás e girar é difícil. Há dificuldade respiratória e cardíaca, com congestão de mucosas vísiveis. Com frequência há sudorese intensa. O animal aumenta o seu quadrilatero de sustentação devido a rigidez da musculatura do pescoço, do dorso e das patas como mostra a fotografia
A mortalidade é de 80%. Não há lesões macroscopicas.

Tumor venério canino transmissível

É também denominado linfossarcoma de Sticker ou simplesmente tumor de Sticker. Geralmente estes tumores se encontram nas genitálias  ou próximo delas, como mostra a fotografia. É uma enfermidade venérea, e a maioria das provas sugerem que a transmissão seja por implantação de células durante o coito, ou mesmo por lambedura de animais contaminados, podendo também localizar na cavidade oral, pele e nariz. Este tumor pode sofrer regressão espontânea. Às vezes pode dar metástase nos linfonódios regionais e infrequentemente em órgãos internos e olho, assim como também na pele, nariz e boca. Eles inicialmente aparecem como nódulos avermelhados e pequenos , que gradualmente aumentam de tamanho e podem tomar um aspecto de couve flor. Eles podem sofrer ulceração, aparecendo um exsudato serosanguinolento, possivelmente acompanhado de alguma supuração. No macho a localização é no pénis ou prepúcio, e menos frequentemente no escroto e períneo. Nas fêmeas tem localização na vulva e vagina. A intervenção cirúrgica permite com muito êxito a sua recuperação total, quando não esta comprometido estruturas vitais. Os agentes quimioterápicos, particularmente a ciclofosfamida via oral induz a regressão e a involução do tumor.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Artrite viral das galinhas

É um processo infeccioso das articulações ocasionado por diferentes tipos de reovirus aviário. Pertence a uma categoria de doenças conhecidas como "problemas de pernas" ou fraqueza das pernas, cuja manifestação clínica aparente é evidenciada pela claudicação e por um aumento da articulação tibio  társica e outras articulações  como mostra a fotografia ao lado, onde o vírus é o agente primário e pode estar associado com o Mycoplasma synoviae e Staphylococos. É uma doença de aves pesadas, embora tenha sido descrita e reportada em peru, pato, ganso, psitacídeo, etc. As lesões em aves naturalmente infectadas, observa-se edema dos tendões. A articulação esta aumentada de volume e geralmente contém uma pequena quantidade de exsudato amarelo imiscuído de sangue e, em alguns casos há uma considerável quantidade de exsudato purulento. A transmissão se da por via horizontal e vertical. A prevenção e controle da doença mediante a pratica de manejo é ineficaz. Então deve-se fazer a prevenção pela vacinação, da higiene e do controle de movimentação entre lotes e instalações. A artrite viral ou tenosinovite é uma doença que tem crescido em importância económica no Brasil, necessitando de maiores estudos para o seu controle.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Macracantorrincose dos suínos

É uma infecção causada pelo Macracanthorynchus hirudinaceus no intestino delgado dos suínos especialmente o jejuno. Tem distribuição mundial. O macho pode ter entre 5 e 10 cm de comprimento e a fêmea entre 20 a 35 cm como mostra a fotografia ao lado. A infecção é, usualmente assintomatica, mas pode interferir no desempenho dos animais. O suíno se infecta ingerindo um besouro(coleoptero) que contem no seu interior ovos do parasito. Ocasionalmente, pode ocorrer em cães, macacos, esquilos, raposas. É uma zoonose. Pode serem vistos pela necropsia aderidos à mucosa intestinal, onde percebe-se pontos de inflamação, comumentes designados como "marcas morango". Ocasionalmente pode ocorrer ulceração ou mesmo perfuração da parede intestinal, o que leva à peritonite e à morte do suíno por septicemia. O combate sistemático aos besouros para animais criados em piquetes, ou a criação de animais em confinamento, representam alternativas para o controle da parasitose.

Melanoma cutâneo nos equideos

Os melanomas cutâneos tem apreciável importância em patologia animal. São frequentes nos equídeos, cães, bovinos e suínos. No cavalo aparecem com extra ordinária frequência entre os exemplares de pelagem tordilha. Afirmam mesmo certos autores, que todos os cavalos dessa pelagem apresentam melanomas, desde que vivam prolongadamente. Surgem principalmente na raiz da cauda e no períneo, geralmente bilaterais, propagando-se ao longo da cauda como mostra a fotografia ao lado. Como os cavalos tordilhos são escuros ao nascer e vão progressivamente tornando-se mais claros, pensam alguns autores que o aparecimento desses melanomas possam estar ligado a uma drenagem do pigmento melânico dos pelos para a pele. Na espécie humana os melanomas ocorrem mais nos representantes da raça negra.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Osteopetrose nas aves

Também denominada enfermidade da pata grossa como mostra a fotografia ao lado. Em comparação com outras variedades do complexo leucótico das aves , a osteopetrose é rara. Tem descrito esta enfermidade de forma isolada e de preferência em machos. É uma alteração metabólica óssea caracterizada por uma osteomegalia onde há pouca reabsorção óssea. A anatomia patológica indica o osso mais espesso, com a cortical aumentada e radio graficamente o tecido ósseo esta bem mineralizado. Como mostra a fotografia, esta enfermidade ataca os ossos metatarsos que adquirem a forma de uma bota. podendo comprometer também outros ossos principalmente das extremidades.

Fígado de Serrin ou pó de serragem

Esta alteração hepática em bovinos é bastante comum à necropsia e achado frequente em matadouros ou frigoríficos. É uma necrose hepática focal disseminada onde observa-se macroscopicamente  pontos milimétricos brancacento ou branco amarelados de um a dois milimétros de diâmetro tanto na superfície como no parênquima hepático como demonstrado na fotografia ao lado. A sua etiologia é obscura. Esta lesão não é específica e tem pouco significado para o fígado não produzindo no mesmo nenhuma disfunção. É uma alteração que pode desaparecer com o tempo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Hemangiosarcoma e suas metástases

Hemangiosarcoma é uma neoplasia maligna de origem endotelial vascular, cujo principal sítio primário é o baço, e que ocorre com mais frequência nos cães em comparação com as demais espécies, acometendo sobretudo, animais com idade entre oito e treze anos e apresentando sinais muitas vezes inespecíficos. O diagnóstico definitivo é obtido a partir de exame histopatológico. É uma neoplasia extremamente agressiva com alta capacidade metastática como mostra a fotografia ao lado onde o tumor tem localização no baço, pulmão, fígado, músculo diafragmático, e rim.

domingo, 8 de maio de 2011

Raiva nos animais domésticos

A raiva ou impropriamente denominada hidrofobia é uma zoonose  viral altamente infecto-contagiosa, que ocorre nos animais domésticos, silvestres e no homem. Atualmente morre no mundo cerca de 20 a 50 mil pessoas por ano. Tem uma distribuição mundial( há poucos países livres). A vacinação em herbívoros esta sendo obrigatória. O período de incubação é variável, desde dias, meses ou até anos. A fonte de infecção geralmente são os cães, morcegos, gatos, e animais silvestres. A via de eliminação é a saliva, e a via de transmissão se dá pelo contágio direto através da mordedura. Ocasionalmente se dá também em feridas e arranhadura. A porta de entrada é a pele, e raramente há contagio por via respíratória. O período de incubação em cães e gatos é em torno de 10 dias a 2 meses, sendo nos bovinos de 20 dias à 6 meses. Os sintomas são estritamente nervosos, com bastante sialorréia, durando no máximo uma semana e sempre termina em morte do animal. O animal deve ficar em observação por no mínimo 20 dias, e em hipótese nenhuma deve ser sacrificado. O diagnóstico são sempre laboratoriais  através da imunofluorescência, raspado de mucosa lingual, inoculação em ratos(intra cerebral), soro neutralização e o histopatológico por  coloração especial demonstrando as inclusões intracitoplásmaticas de Negri que esta aparecendo em vermelho no interior do citoplasma dos neurónios piramidais do cerebelo na fotografia. A raiva não tem tratamento. Só a vacinação, controle da população de cães vadios, controle da população de morcegos através da captura e aplicação de pasta anticoagulante, pastas vampiricidas nos animais e controle da população de animais silvestres. Se por acaso for mordido pelo animal lavar a ferida com água e sabão e aplicar um anticéptico(álcool, iodo, etc.), e encaminhar o acidentado para atendimento médico(vacinação e soroterápia).

sábado, 7 de maio de 2011

Papilomatose bovina

A papilomatose, verruga ou verrucose, figueira,  epitelioma contagioso é uma doença infecto-contagiosa viral, frequente e que acomete os rebanhos bovinos, equinos, cães e galinhas, muitas vezes causando prejuízos consideráveis. Tem ocorrência mundial, acometendo todas as faixas etárias, mas principalmente até dois anos. Sua localização acomete o pénis, tetos, pele, rumem, esófago, mucosa do trato alimentar, e principalmente na região da cabeça e pescoço como mostra a fotografia ao lado. Macroscopicamente os papilomas apresentam-se de coloração branco-acinzentado, aspectos, formas e localizações bem definidos, inclusive podendo ter o aspecto de couve-flor. A contribuição mais forte para disseminar a doença é o transito intenso de animais entre as diferentes regiões do país. Pode ter cura expontanea.

Adenocarcinoma colangiocelular com metástase no baço

O adenocarcinoma colangiocelular, ou colangicarcinoma, ou carcinoma de ductos biliares, pode ser caracterizado por uma massa expansiva solitária ou por múltiplas infiltrações nodulares ou difusa no fígado, ou ainda de nódulos milimétricos até centimetros de cor branca ou branca amarelada com depressão no centro desses nódulos com aspecto fungiforme. Estes nódulos histopatologicamente são compostos de células que mantém uma semelhança com o epitélio biliar, dúctulos ou ácinos rudimentares. Esta neoplasia tem um comportamento agressivo, ocorrendo metástase em vários órgãos, principalmente nos linfonódios regionais e nos pulmões, assim como no baço que se apresenta na fotografia acima do fígado neoplásico. O diagnóstico definitivo requer biópsia hepática e exame histopatológico.

Varíola bovina

A varíola bovina ou bexiga é uma doença infecto-contagiosa , de etiologia viral caracterizada por lesões cutâneas em vacas lactentes, bezerros e no homem como mostra a fotografia inferior ao lado. Destaca-se sua importância como diferencial de doenças confundíveis com a febre aftosa e por ser uma zoonose , sendo portanto também de notificação compulsória. Foi importante para a criação da primeira vacina em humanos contra a varíola. As lesões  apresentam-se geralmente nos tetos e úberes nas formas proliferativas, ulcerativas ou em crostas ou mesmo na forma de vesículas. É de grande importância principalmente quando atingem mais de um rebanho, pelas enormes perdas que ocasionam à produção de leite, e no aumento do índice de mastites nos rebanhos afetados. O homem é seu vetor principal, sendo rara a transmissão de homem para homem. O contágio é direto ou,  muito mais frequentemente indireto por roupas, utensílios e objetos contaminados.