segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hiperplasia de polpa branca esplênica.

Hiperplasia significa um aumento no número de células num tecido ou órgão. É uma lesão comum. A hiperplasia aumenta o tamanho de um órgão o qual, quando examinado macroscopicamente, pode ser considerado hipertrófico, mas o órgão hipertrófico tem aumento no volume celular e não no número celular como na hiperplasia, portanto para diferenciarmos estas duas alterações só mesmo a nível histopatológico que temos condições de notarmos se há aumento no número celular ou se há aumento no volume celular. A hiperplasia de polpa branca esplênica como mostra a fotografia ao lado ocorre nas doenças infecciosas e auto-imunes, como nas septicemias e viremias. Macroscopicamente, observa-se nódulos milimétricos, brancacento, fazendo saliência na superfície de corte (olhar foto ao lado), e microscopicamente ocorre aumento do número de linfócitos dos centros germinativos. Por outro lado, um aumento do número de células linfociticas pode ocorrer numa área localizada dentro do baço e resultar num nódulo localizado de novas células chamado hiperplasia nodular senil esplênica que já foi postado neste mesmo blog.

domingo, 30 de outubro de 2011

necrose muscular

É a morte local de células, tecidos ou órgão enquanto o corpo como um todo continua vivo. A necrose é identificada através de alterações específicas nas células, tecidos e órgãos tanto macroscopicamente como microscopicamente. As lesões microscópicas ocorrem no núcleo, citoplasma e membrana celular. Os tecidos necrosados apresentam as seguintes características: Perda de cor, o órgão fica pálido; perda de resistência; odor de putrefação e liquefação; aparece uma zona limítrofe entre o tecido necrosado e o tecido vivo. Olhar fotografia ao lado. Este tipo de necrose é do tipo coagulativo onde as alterações macroscopicas e microscopicas permanecem identificáveis. Ocorrem nas inflamações, enfartes, etc. A sua etiologia é devido à isquemia como por exemplo o enfarte. Devido a tóxicos de bactérias, vírus, plantas tóxicas e substâncias químicas, lesoes mecânicas e térmicas. À necropsia as lesões nos tecidos afectados tornam-se secas, homogéneas e opacas como mostra a fotografia ao lado. Geralmente quando a necrose é recente os tecidos estão aumentados de volume, formando saliência na superfície do órgão. Quando mais antigas formam depressões. A cor é cinzenta amarelada ou amarelo pálido em contraste com a cor vermelha do órgão.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Abraquia no cão

É uma alteração regressiva congênita onde pode faltar os membros anteriores do animal como mostra as fotografias, e esta alteração é denominada agenesia braquial ou abraquia que pode ser unilateral ou bilateral. Significa literalmente ausência de iniciação. É evidente que este distúrbio ocorre no embrião ou feto na vida intra-uterina. As causas que acarretam estas anomalias não são bem estabelecidas, mas parece que estão mais ligadas a fatôres genéticos. Nesta anomalia é perfeitamente possível o animal viver.


Atresia anal simples.


Esta alteração é um defeito congênito onde a membrana anal persiste e não há formação do orifício anal e do respectivo esfíncter. Em consequência, o recto mostra-se fechado sob o orifício anal como demonstra as três fotografias. Não é raro que a atresia nas fêmeas esteja acompanhada de uma comunicação persistente entre o recto e a vagina, produzindo um tipo de fístula recto vaginal (ano vulva vaginal). Os animais portanto não são capazes de defecar, e os animais jovens mostram sinais marcantes de sofrimento, que se manifesta por tenesmo,  com gemido de dor. A exploração local revela ausência do orifício anal. 
Geralmente  se observa certo grau de protusão na região anal causada pelo
acumulo de fezes. O tenesmo, a ausência de fezes e a distensão do abdomem são os sinais mais evidentes que se observam na atresia anal. O único tratamento que existe é o cirúrgico. Esta anomalias congênita se dá com maior frequência nos bezerros e suínos.

Melanosarcoma no cão e suas metastáses

Trata-se da mais frequente neoplasia bucal do cão. A pigmentação da mucosa oral por melanina, particularmente em certas raças de cães, explica o aparecimento desses tumores: foto número um. Na foto número dois mostra a metástase na parte ventral abdominal do tecido cutâneo que é frequente nos cães. Sabe-se que os sarcomas assim como o melanosarcoma no cão, propagando-se por via hematogênica dão frequentes metástase pulmonares como demonstra a foto número três. Sabe-se também que os tumores secundários no baço se propagam com 
relativa raridade e neste caso constitui uma excessão o que demonstra a malignidade desta neoplasia, dando metástase esplênica como mostra a fotografia abaixo a de número quatro.                                                       

domingo, 23 de outubro de 2011

Raquitismo no cão

È uma alteração metabólica óssea caracterizada por osteopenia onde há diminuição da mineralização da matriz orgânica óssea. Sua etiologia esta relacionada com o produto cálcio e fósforo o qual tem de ser normais para ocorrer a mineralização, e também com a deficiência da vitamina D. A deficiência de cálcio pode ser primária, ligada a dieta alimentar, ou secundária ligada a má absorção intestinal devido à doenças como as parasitoses. As lesões do raquitismo são: Epifíse engrossada bem evidenciada na junção costo-codral, alteração esta bem vista ao exame clínico e denominada " ROSÁRIO RAQUÍTICO" como demonstra a fotografia superior esquerda, e a fotografia ao lado mostra a mesma lesão só que histopatogica, onde mostra a epifíse irregular, e a fotografia abaixo mostra o corte, onde a epifíse esta regular ou seja normal. O osso quebra com facilidade devido á pouca  quantidade de osso. Na radiologia observa-se um aumento da radioluscência e uma diminuição da radiopacidade devido à osteopenia.

sábado, 22 de outubro de 2011

Coriza infecciosa das aves

É uma enfermidade respiratória, bastante comum no Brasil. Atinge aves de qualquer idade, linhagens, caracteriando-se por inflamações na mucosa nasal, seios nasais e conjuntiva ocular como mostra a fotografia  ao lado. Aves portadoras, saudáveis ou não são os principais reservatórios do agente etiológico que é o Avibacterium paragallinarum (Hemophilus gallinarum), podendo transmitir o agente durante longo tempo. A transmissão pode ocorrer por contacto directo com a secreção nasal de aves contaminadas, da inalação de partículas no ar contendo a bactéria ou da ingestão de água ou ração contaminadas. Pode ocorrer ainda a transmissão por meio de vectores, como insectos ou fômites. Em granja onde há aves de diferentes idades, ocupando o mesmo aviário, aumenta a possibilidade de disseminação do agente. Não há evidências de transmissão vertical. O agente transmissor tem baixa viabilidade fora da ave. À 37ºC morre em 24 horas, e a 45ºC morre em 6 minutos. Os sinais clínicos observados são: corrimento fluído nas vias nasais, catarro, conjuntivite muco purulento, edema da cabeça e ao redor dos olhos. Fechamento das pálpebras até destruição do globo ocular. Há diminuição da postura, eclosão e incubação. A morbidade é alta e mortalidade variável. pode-se observar edema de barbela, inapetência, asas caídas, etc. Há presença de estertores e respiração laboriosa. Sua ocorrência é mais no outono. O seu diagnóstico é difícil. Pode-se fazer inoculação em aves susceptíveis com material suspeito, aparecendo os sintomas. As lesões mais observadas são: exudato na mucosa bucal, nasal e ocular. Observa-se necrose esôfagica, rins edemaciados com depósitos de uratos. Pode-se observar também exudato muco purulento na traqueia e brônquios. Na prevenção recomenda-se adquirir aves isentas de problemas respiratórios e isolamento. Criar aves de faixa etárias diferentes em locais diferentes associados a um bom manejo. No tratamento pode-se usar sulfatiazol na base de 5 kg por tonelada de ração. Nas aves de piores sintomas pode-se usar estreptomicina na base de 200 mg intramuscular por ave e instilação nasal e ocular com substâncias anticépticas como água boricada a 2%.

Eimeriose cecal nas galinhas

Também denominada coccidiose cecal das galinhas é uma protozoose de localização no ceco das aves, causada pela Eimeria tenella. A severidade da doença varia de acordo com o número de oocistos ingeridos, bem com, patogenicidade, resistência das aves, condições ambientais, etc. As lesões provocadas no epitélio do ceco em infecções no inicio há somente hiperemia ou petéquias na mucosa cecal como na fotografia ao lado, que começam a ficar mais evidentes em torno do 4º dia após a infecção, quando esta se desenvolvendo a 2ª geração de esquizontes havendo acentuada congestão, e as paredes do ceco tornam-se espessas e dilatadas. Posteriormente a 2ª geração de merozoitos é liberada em torno do 5º dia, aumenta consideravelmente a hemorragia pela ruptura das células. Os oocistos começam a aparecer nas fezes em torno do 7º dia. A perda de sangue causa anemia e a mortalidade pode ser alta. Pode-se observar estrias de sangue nas fezes que estão sobre a cama das aves.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bronquite infecciosa das galinhas



É uma doença respiratória aguda das galinhas altamente contagiosa. Ataca aves em qualquer idade, sendo nos pintos mais pronunciada. Nas poedeira ocasiona acentuada queda na produção. A sua etiologia é viral, os quais podem serem isolados no pulmão e traqueia em qualquer estágio da doença. O vírus se inactiva em menos de três minutos em Fenol a 1%, Permanganato a 1: 10000, lugol a 1%, soda 1:20 e Formol a 1%. A transmissão se dá por contacto directo ou indirecto. Pode-se transmitir em qualquer estágio da doença. É notória a disseminação pelas casas de incubação e onde se vendem ovos. Não é transovariana. Sua incubação varia entre 18 e 36 horas. Aí pode aparecer os primeiros sintomas como tosse, espirros e ruídos anormais na traqueia. Pode aparecer dispnéia como mostra a fotografia da ave viva, anorexia, e diarreia. Estes sintomas podem cessar após 1 semana ao inicio da doença.  Há declínio na postura que pode persistir por varias semanas. Como mostra a fotografia dos ovos, eles podem aparecer rugosos, casca mole e descoloridos. Pode haver lesão ovárica permanente. Outras lesões que podem aparecer à necropsia são congestão pulmonar e pneumonia. Também pode aparecer exudato seroso ou catarral na traqueia e traqueíte. às vezes pode aparecer aerosaculite fibrinosa, hipotrofia ovariana e como mostra a fotografia dos rins eles podem apresentar relevante quadros de urolitíase e edemaciação que é uma condição de degeneração renal seguida de hipotrofia renal, fibrose, cálculos nos colectores e ureteres. Os ovos impróprios para o consumo pode chegar a 92%.

sábado, 15 de outubro de 2011

Calos ósseos

O osso tem um poder regenerativo extra ordinário. Ele pode recompor-se totalmente após uma fratura. Neste caso, forma-se entre as duas extremidades fraturadas, o calo ósseo. No osso lesado por traumatismo, sofre na região hemorragia devido a ruptura de vasos do periósteo. Os restos celulares e coágulo sanguíneos são removidos pela acção de macrófagos. Após, células do periósteo, do endotélio e do tecido mielóide (medula óssea) diferenciam-se em células osteoprogenitoras e osteoblastos que passam a secretar o osteóide. Após calcificação, forma-se o calo ósseo como mostra a foto ao lado que une e consolida os fragmentos originados pela lesão. O tecido ósseo do calo ´´osseo é primário. O osso sofrendo trações e tensões, faz surgir os osteoclasto que reabsorvem o calo ósseo, originando-se em seu lugar osso secundário. Isto é a remodelação do calo ósseo, cuja eficiência depende de fatôres nutricionais, endócrinos, etários, etc.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Osteidistrofia fibrosa generalizada nos equinos.

É uma alteração metabólica óssea generalizada caracterizada por aumento da reabsorção óssea. Esta alteração quando localizada só ocorre no homem. Esta doença também pode ser denominada de Hiperparatiroidismo. Temos dois tipos desta enfermidade: o hiperparatiroidismo primário e o secundário, e este podendo ser renal e nutricional. O primário se estabelece por alteração primária da paratireoide como neoplasias e hiperplasias. Este tipo não ocorre nos animais, mas sómente nos homens. Aqui o paratôrmonio leva a uma hipercalcemia, levando portanto a uma hipofosfatemia. A neoplasia vai provocar maior reabsorção óssea, e o animal vai cada vez perder mais osso. É progressiva a reabsorção óssea, e o animal vai cada vez perdendo mais osso. Há substituíção do tecido ósseo por tecido conjuntivo fibroso. Há portanto uma hipercalcemia, uma hipofosfatemia e a enzima fosfatase alcalina responsável pela reabsorção óssea esta alta (hiperfosfatasemia). No hiperparatiroidismo secundário ele sempre é
compensatório, e sempre há hipocalcemia. O hiperparatiroidismo secundário nutricional advém de uma hipocalcemia de natureza alimentar. É uma doença produzida pelo homem. Aqui há duas alternativas: alimento baixo em Cálcio, ou rico em Fósforo. As manifestações morfoclínicas varia nas espécies: Já foi dito neste blog da manifestação  no cão onde tem-se a mandíbula de borracha: nos equideos e bovinos tenhe-se a cara inchada como mostra as fotos dos equinos ao lado, e nos suínos a rinite hipotrófica dos suínos. Tem-se três fases no hiperparatiroidismo secundário conforme a substituíção do tecido ósseo pelo tecido conjuntivo: a primeira onde o tecido ósseo é substituido em menor quantidade pelo tecido conjuntivo chamada hipostótica; a segunda onde o tecido ósseo é substituído por igual quantidade de tecido conjuntivo que é a mais frequente onde às vezes só se observa uma discreta claudicação do animal que é chamada isostótica; finalmente quando o tecido ósseo é substituído por maior quantidade de tecido conjuntivo, fase esta denominada hiperostótica que é a fase da cara inchada.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Neurolinfomatose aviária

Também denominada paralisia das aves domésticas, polineurites ( Marek, 1907 ), neurites (Doyle, 1926), neurolinfomatose gallinarum ( Pappenheimer y col., 1926 ), neurogranulomatoses ( Lerche y Fritzsche, 1934 ). Esta enfermidade é observada em todos os países que são grandes produtores de aves. Ataca principalmente as aves jovens, entre os dois e cinco meses de idade; porém pode ser observada mais cedo como as três semanas de idade. A mortalidade esta entre 5 e 25% nas aves afectadas. Todas as linhagens e qualquer sexo são susceptíveis. Os sintomas clínicos geralmente é de uma paralisia assimétrica e progressiva das pernas, assim como também do pescoço. A paralisia é espástica ou flácida. No inicio, a perna afectada pode mostrar encurvamento dos dedos, debilidade muscular ou incordenação. Mais tarde a ave pode apresentar uma perna estirada para frente e a outra para trás em posição bastante característica como mostra a fotografia acima ao lado. A ave pode apresentar torcicolo; pode haver infecção muscular e dos nervos, especialmente o vago, podendo ocasionar dilatação do estômago e asfixia da ave. À necropsia  pode ser observado um edema localizado (rara vez difuso)  de cor acinzentada, suave nos troncos nervosos periféricos. No nervo ciático pode observar perdas de suas estrias transversais, ou mesmo nódulos  sendo esta lesão  indicativa da enfermidade.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

cisto ovarianos em galinha

O estudo dos cistos ovarianos constitui, sem dúvida alguma, o aspecto mais importante da patologia do ovário entre os animais domésticos , dada as inter-relações de tais cistos com a esterilidade das fêmeas. Ocorrem nas diferentes espécies domésticas, podendo como mostra a fotografia ao lado surgir também nas aves de uma maneira policistica ou mesmo sendo representado por um único cisto.

Fibrossarcoma

Os fibrossarcomas na maioria dos casos surgem na pele e subcutis, tanto em cães como nos gatos, e podem aparecer nas cavidades orais, nasais, nos membros e em torno da cabeça. Macroscopicamente veja fotografia ao lado são massas de forma irregular. mal encapsulada, lobuladas, de cor branco carnoso. A superfície de corte pode ser cinzenta, podendo ter zonas manchadas de vermelho e amarelo, que representam hemorragia e necrose, respectivamente.

sábado, 8 de outubro de 2011

Azotúria do cavalo.

Também denominada mioglobinúria paralítica dos equinos, rabdomiólise equina, ou ainda hemoglobinemia paralitica, ou doença dos musculos brancos. Trata-se de uma enfermidade própria do cavalo e que compromete principalmente animais bem nutridos das raças pesadas, depois de períodos de repouso, e por isso é também conhecida como doença da manhã da segunda feira, sendo mais comum no inverno. Os sintomas aparecem de 15 a 60 minutos após o ínicio de um trabalho muscular. Os animais mostram, entre outros sinais clínicos, sudorese excessiva, endurecimento de um ou de ambos os membros posteriores e, depois, incapacidade de extensão deles. Em fases posteriores o animal assume posição de "cão sentado" e por fim torna-se paralítico. Tal miopátia é determinada por um distúrbio no fenomeno da glicólise, com acúmulo de ácido láctico nos tecidos e no sangue.Assim nos cavalos normais o ácido láctico existe nas quantidades de 9 a 12 miligramas por 100 ml de sangue, ao passo que nos animais com azotúria tais valores vão de 16 a 181 miligramas por 100 ml de sangue. Os músculos comprometidos pelo processo são em geral os da garupa. Macroscopicamente (olhar a fotografia) mostram-se muito mais claro que o normal e quando cortados tem o aspecto de carne de peixe. Os rins dos cavalos que morrem após 2 ou 4 dias de doença mostram-se pigmentados. O miocárdio pode em certas circunstâncias apresentar degenerações hialinas, considerada como fator predisponente à morte do animal.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Displasia da anca ou acetabular

 Também denominada displasia coxo femoral é um defeito de certa importância no cão, espécie em que é de origem genética acometendo principalmente o Pastor Alemão. mas também o Poodle e o Labrador. Pode também aparecer no suíno e no coelho e finalmente no homem. A anomalia caracteriza-se fundamentalmente pela falta de acomodação da cabeça do fémur ao acetábulo, podendo ser unilateral ou bilateral. Os raios X indicam extra ordinário achatamento da cabeça do fémur. A alteração pode estar no acetábulo e consistir em seu encurtamento, caso em que este não consegue envolver a cabeça do fémur. Há, em consequência da malformação, luxação ou subluxaçao, necrose da cabeça do fémur e formação de falsa articulação. O meio ambiente influi sobre a manifestação desta alteração. Ao nascimento, as articulações da anca parecem normais, tanto física como radio graficamente. A displasia começa a desenvolver algum tempo depois do nascimento se a cabeça do fémur deixa de manter contacto normal com o acetábulo. Neste momento, a cabeça do fémur e a maior parte do acetábulo são cartilaginosos e as formas das duas partes são facilmente alteradas se elas ficarem permanentemente em stress. A instabilidade desta articulação coxo femoral pode ser causada por herança de um acetábulo superficial, uma articulação femoral com ângulo incorrecto, luxação dos tecidos elásticos que apoiam a articulação como tendões, ligamentos e cápsula articular. A incidência é máxima nos cães pesados e que crescem rapidamente. Não há predominância de sexos na sua apresentação. Os sintomas desta displasia podem aparecer sinais de dores nas articulações a partir de 5 a 6 meses. A enfermidade é melhor diagnósticada radio graficamente (olhar as radiografias ao lado). É extremamente importante a boa colocação para as radiografias e as normativas para projecção ventrodorsal com as patas estendidas. Com frequência pode haver sinais de osteoartrites. A idade óptima para o diagnóstico radiográfico definitivo é dos 24 aos 36m meses. Os tratamentos que aliviam a dor são úteis durante o período de remodelamento da articulação. Recomenda-se a cirurgia. Tem-se desenvolvido técnicas de reposição total da anca com bastante êxito.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Esofagite em cães por Spirocerca lupi.

Esta alteração foi observada no Hospital de Veterinária da Unipac de Uberlândia em necropsia elaborada pelo 5º período de Medicina Veterinária desta Universidade.
 A esofagite primária é rara, porém a esofagite secundária pode desenvolver-se nos pequenos animais por corpo estranho no esófago, feridas, vômitos prolongados ou gastrite grave. Correntemente vem associada à acalasia, mefaesofago e cardioespasmo. Pode desenvolver-se depois de uma cardiopatia ou por irritação causada por instrumentos ou medicamentos, ingestão de substâncias cáusticas, neoplasia e parasitismo por Spirocerca lupi, como demonstrado na fotografia ao lado, onde na fotografia superior mostra-se o nódulo parasitário de consistência firme e macia ao corte de mais ou menos 2 cm de diâmetro, e na fotografia inferior mostra-se o nódulo após seccionado deixando exibir um exemplar da spirocerca lupi.

Epulis fibromatoso periodontal nos cães.

Também denominado fibromatose gengival, fibroma ossificante é uma hiperplasia gengival fibrosa irregular benigna que ocorre nas gengivas, geralmente originada na região dos alvéolo, que afeta uma grande área das bordas das gengivas. É uma estrutura de tecido conjuntivo fibroso, relativamente insensível, vascular, dura, com uma superfície irregular coberta de epitélio como demonstra a fotografia ao lado. A fibromatose pode ter uma base bem ampla, e de uma coloração normal da gengiva e podem alcançar suficiente tamanho como para cobrir completamente as superfícies bucais e labiais dos dentes.Parece existir predisposição desta fibrose periodontal em certas raças braquicéfalicas onde o transtorno se denomina hiperplasia gengival familiar. Este termo epulis às vezes se refere a um tumor da gengiva do cão. Histologicamente este tumor se caracteriza por formas desorganizadas de células gigantes. Este tumor é, sobre tudo, comum nos cães de porte maior, e às vezes passa-se despercebido ou assintomaticos, embora entre a hiperplasia gengival possa acumular alimentos e detritos causando irritação e hialitoses. O tratamento é desnecessário, a não ser que que a fibrose esteja interferindo com a mastigação. Se é necessária a extirpação. parece que a mais satisfatória são as técnicas eletrocirurgicas. Deve-se fazer assepssia oral pelo menos uma semana após cirurgia.