terça-feira, 26 de maio de 2015

Dioctophyma renal em uma loba

É um verme gigante do rim. É o maior dos nematoides que parasita o rim. O verme é vermelho, cilíndrico, e com medidas de 20 a 100 cm de comprimento por 4 a 12 mm de diâmetro, sendo os machos menores. São encontrados  somente nos cães que foi o caso, olhar as fotografias ao lado, e outros mamíferos carnívoros como o lobo que é comum, porém se tem descrito em bovinos e equinos. Este verme quase sempre esta no rim direito. Os sinais clínicos se desenvolvem a medida que o verme vai crescendo e atingindo sua maturidade. Pode haver perda de peso, hematúria, micção frequente, inquietude e sinais de dor intensa abdominal ou lombar. Sua distribuição é incerta e o parasito não é frequente, porém se apresenta na Europa e América do Norte e do Sul. O ciclo evolutivo  não e perfeitamente esclarecido. Os ovos se eliminam com a urina, são muito resistentes no ambiente externo e podem sobreviver durante cinco dias ou mais. A incubação pode requerer alguns meses, dependendo das condições climáticas. As primeiras larvas podem utilizar certos anelídeos como primeiros hospedeiros intermediários, enquistando-se em suas cavidades orgânicas. O segundo hospedeiro intermediário é um peixe. Seu ciclo evolutivo para passar desde o ovo até adulto requer um tempo perto de dois anos. Os vermes  adultos  vivem na pelve renal, porém podem enquistar-se em uma cavidade orgânica, útero, glândula mamaria e bexiga. Os adultos são bastante destrutivos, produzindo inicialmente uma pielite hemorrágica que pode mais tarde vir a ser supurada, e o parênquima então é progressivamente destruído até que a o local contenha apenas o verme e o exsudato. Estas fotografias deste verme foram tiradas pela acadêmica do 6º período do curso de Medicina veterinária da Unipac sede em Uberlândia em 12/08/13 a qual o blog presta o devido agradecimento lembrando que todos os conhecimentos que adquirimos são de propriedade coletiva.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Pneumonia aguda fase hepatização cinzenta

A pneumonia aguda consta nos animais domésticos de quatro fases que são: congestiva que é a fase da hiperemia ativa. Fase de hepatização vermelha onde os alvéolos estão repletos de células inflamatórias, fibrinas, restos celulares e grande quantidade de hemácias. A fase de hepatização cinzenta como mostra a fotografia ao lado onde os alvéolos estão repletos de leucócitos. Macroscopicamente esta fase mostra áreas volumosas e compactas com a coloração acinzentada como demonstrado na foto. A ultima fase da pneumonia é a fase da resolução para a cura ou para a cronicidade.    

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cisticercose hepática em bovino

É uma parasitose provocada pelo Cisticercos spp (Bovis, tenuicollis e cellulosae), caracterizado pela presença de cistos que são verdadeiras vesículas com capsulas duplas, repletos de um líquido citrino e scolex sobrenadando no seu interior medindo aproximadamente desde milimétricos até centimétricos de diâmetro, encontrado tanto na superfície hepática como no parênquima. Também podem ser encontrados nos músculos masseter, língua, músculos do coração, diafragma, peritôneo e sistema nervoso central.   




terça-feira, 19 de maio de 2015

Tuberculose pulmonar em bovino

 É a mais importante nos animais domésticos. Causada quase que exclusivamente pelo bacilo do tipo bovino, mas pode ocorrer infecção com o tipo humano e aviário. A via de infecção mais comuns dos bovinos são respiratória e alimentar. Como é aceito que a tuberculose bovina pode ser adquirida por inalação ou ingestão é evidente que a localização do complexo primário depende da via de infecção. A maioria dos bovinos adquire a infecção após 6 meses a 1 ano de idade ou mais. Nestes a chamada infecção dos adultos, a maioria das lesões ocorre nos linfonodos retrofaringeano, mediastínico e brônquicos como observo-se neste caso. Macroscopicamente esta lesão pulmonar consistiu de varias áreas branco amarelada, pequenas e grandes no bordo convexo do pulmão (parte mais ventilada do pulmão) principalmente dos lados anteriores. A lesão variava do tamanho milimétricos até centimétricos. Ao corte os nódulos apresentavam-se mais ou menos caseificados. As lesões dos linfonodos eram de caráter mais graves. Verificou-se uma caseificação extensa, mas não homogênea de todos linfonódios. Havia uma tendencia de disseminação nas serosas, principalmente, principalmente pleura e peritôneo. Observou-se também como demonstra as fotografias uma infecção secundária com bastante quantidade de pus. Esta necropsia e fotos foi elaborada pelos acadêmicos do 6º período noturno da Unitri de Uberlândia, Minas Gerais, os quais presto meu agradecimento.        




segunda-feira, 11 de maio de 2015

Papilomatose oral canina

É uma neoplasia comum na cavidade oral dos cães causada por vírus e são muito contagiosos. O vírus da papilomatose tem especificidade tanto para o hospedeiro como para os tecidos. Não se reproduz em outras espécies animais e se multiplica somente na mucosa oral e faringiana de cães e não há autotransplantação para locais que não sejam cavidade oral. Este tumor não se reproduz quando o vírus é escarificado na pele ou outras mucosas que não seja oral. Os tumores afetam animais jovens. Os idosos são mais resistentes. Macroscopicamente esta neoplasia geralmente são múltiplas como se observa nas fotos. Em alguns cães são tão numerosos como neste caso que estorvam a mastigação e deglutição. Frequentemente os cães fecham a boca. Localizam-se na mucosa oral, língua, palato, faringe e epiglote. Não invadem o esôfago. São brancacentos ou acinzentados. Às vezes pedunculados com aparência de couve-flor. A superfície tumoral às vezes é lisa e às vezes rugosa. Estas neoplasias quando mais velhas lembram os papilomas da pele. Frequentemente, este tumor pode regredir espontaneamente sem deixar cicatriz.  

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Broncopneumonia supurada aguda em uma cadela

 É a forma usual da inflamação pulmonar sendo frequente em bezerros jovens, suínos, ovelhas e menos frequente em outras espécies. Pode ser produzida por vários germens patógenos, entre eles a Pasteurela e o Corinebacterium pyogenes. Neste postamento observou-se enfermidade em uma cadela jovem sem raça definida. Em cães são importantes a Brucela bronquiseptica, o gênero Klebsiela, estreptococos, estafilococos, e escherichia coli. Os cães jovens são mais afetados e na maioria dos casos é uma complicação bacteriana da cinomose, que sabe-se ser uma infecção vírica. Esta infecção geralmente esta associada com a Brucela bronquiseptica. A inflamação supurada também denominada supurativa é um tipo de inflamação cujo exsudato inflamatório é o pus que tem como se mostra na foto um líquido de  cor amarelada e consistência cremosa. A causas mais comum da broncopneumonia supurada são as bactérias, particularmente as piogênicas. A palavra "piógeno" significa formadora de pus. Microscopicamente como mostra a foto tem a presença considerável de número de neutrófilos em vários estágios de desintegração nos brônquios e alvéolos pulmonares o que justifica o diagnóstico de inflamação purulenta. Além disso se observa hiperemia, pouca quantidade de fibrina, soro, vários leucócitos e células fagocitárias fixas e livres junto com os neutrófilos.
             



domingo, 3 de maio de 2015

Corpos estranho no retículo de uma vaca adulta

Os bovinos se caracterizam pela sua incapacidade de distinguir detalhes nos alimentos, e um sentido do paladar mal desenvolvido, mastigando sumariamente os alimentos como os corpos estranhos, deficiência que permite a passagem de uma assombrosa variedades de corpos estranhos como demonstrado na foto ao lado  do retículo, mostrando pregos, cartuchos de bala e arame na sua mucosa. Esta alteração é mais rara nos pequenos ruminantes que mastigam mais lentamente. A ingestão de corpos estranhos é mais comum nos animais velhos que nos jovens, e seu aparecimento é observado mais freqüentemente em animais que vivem nas proximidades de cidades e centros populosos do que naqueles que vivem em pleno campo, emboras nestes passa a ser comum em locais onde não se fez limpezas adequadas em restos de construções. Nas alotriofagias (comer corpos estranhos) onde há depravação do apetite e nas deficiências de fosforo, onde os animais mostram acentuadas tendência a ingerir ossos (osteofagia) e mesmo outras substâncias não alimentícias. Em consequência da ingestão de ossos encontrados em carcaça putrefatas, tais bovinos infectam-se com frequência pelo botulismo.