sábado, 27 de fevereiro de 2016

Tétano em um bezerro

É uma toxemia causada por absorção de uma neurotoxina especifica em um tecido infectado por Clostridiun tetani que é um anaerobio que se encontra no solo e nos tratos intestinais dos animais e do homem. Quase todos os mamíferos são susceptíveis, e as aves são muito resistente, sendo necessária uma dose da toxina muito maior que nos animais (10000 a 300000 vezes maior que para os bovinos e cavalos). Na maioria das vezes se introduz nos tecidos através de feridas, particularmente feridas profundas e que podem prevalecer condições anaerobias. De todos modos, é frequente nos bezerros, e às vezes sequidas de uma interferência cirúrgica. O período de incubação varia de uma a varias semanas, porém geralmente é de uma a duas semanas. Inicialmente há rigidez é localizada nos masseteres, músculos do pescoço e quartos traseiros. A rigidez generalizada se faz pronunciada aproximadamente um dia mais tarde, podendo aparecer evidentes espasmos tônicos e hiperestesia com aumento dos reflexos e o animal fica facilmente excitável produzindo espasmos mais violentos podendo produzir uma mandibula fechada, orelhas eretas e como mostra a foto há rigidez cervical e os orifícios nasais se dilatam, podendo apresentar prolapso da terceira pálpebra. Com frequência pode haver sudorese. Os espasmos generalizados causam trantorno na circulação e na respiração, dando lugar a uma ação cardiaca aumentada, respiração rápida e congestão das mucosas. A mortalidade fica em torno de 80%. Deve-se sempre fazer uma imunização ativa mediante o toxoide tetânico. Fazer uso de uma vacina principalmente em animais valiosos. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Enfartes múltiplos em fígado de um cão

 Enfarte é uma área de necrose coagulativa circunscrita consequente a obliteração súbita de um vaso sanguíneo que irriga uma região sem adequada circulação colateral. As embolias e tromboses são as causas mais frequentes de enfartes. Entretanto um enfarte pode ser causado por uma deficiência circulatória sem oclusão aguda. Macroscopicamente a maioria dos enfartes, tem forma de cone com o ápice no ponto da embolia ou da trombose e com a base na superfície do órgão como demonstrado nas fotos deste fígado. Um corte do ápice à base mostrava então a forma de cunha ou leque. Os enfartes hepáticos são muito raros, mas quando há, são do tipo hemorrágico, devido a dupla circulação do órgão. Estes enfartes podem formar em qualquer parte do fígado como demonstra as fotos, justificando a teoria do ácino de Rappaporte das microcirculações por zonas.



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pericardite fibrinosa em uma novilha mestiça

Pericardite são as inflamações do saco pericárdico. A pericardite fibrinosa é aquela em que predomina no seu exsudato a fibrina.
Quase nunca é possível determinar a a causa de uma inflamação pericárdica mediante ao simples exame da lesão. A pericardite fibrinosa pode ser resultante de uma infecção hematógeno, porém também pode derivar-se de uma inflamação linfática devido um processo inflamatório dos tecidos contíguos. Em se referindo a esta patogenia, as causas microbianas são bastantes variadas. nos bovinos a pericardite fibrinosa, com hemorragia ou sem ela, pode ser parte de uma encefalite bovina esporádica, pleuropneumonia contagiosa, pasteurelose, carbúnculo enfisematoso, hemoglobinuria por clostridium e de diversas infecções neonatais por coli, cuja via de entrada seria o umbigo. Nesta pericardite fibrinosa rara vez se encontra uma exsudação apreciável de líquido, de tal modo que não pode esperar-se uma distensão do saco pericárdio. A exsudação da fibrina pode estar ao redor da base da base do coração para estender-se de maneira a cobrir mais ou menos totalmente o pericárdio e o epicárdio como mostra as fotos ao lado. A fibrina tem uma tonalidade acinzentada, e em alguns casos pode apresentar salpicada de de hemorragias petequiais. Às vezes macroscopicamente, pode-se observar que o coração está "aveludado" revestido por camada espessa de fibrina que pelo aspecto recebe o nome de "coração rugoso" ou simplesmente "pão com manteiga" como mostra a fotografia.  

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Rim policistico em uma novilha de 15 meses

Os rins policisticos não são frequentes e geramente são de origem congênita. Se observam em bovinos jovens podendo estar afetados ambos os rins, e também em outras espécies. Esta mal formação pode estar limitada a um polo do rim, porém como mostra a foto ao lado onde os cistos estão agrupados com obliteração quase total do parenquima. O contorno do rim afetado se conserva bem salvo em bezerros, onde a obliteração é quase total como mostra a foto. A capsula está intacta e a superfície externa tem um aspecto de bolha de sabão. A superfície de corte mostra a aparência semelhante a um favo de mel irregular como demonstrado na foto. O tamanho dos cistos varia consideravelmente, contendo um líquido claro ou seroso. São estruturas integrais que não parece comunicar entre si ou com a pelvis. Restos de parênquima hipotrofico ou de estroma do tecido conjuntivo separam os cistos. Não há inflamação. Alguns animais podem sobreviver até adulto com neste caso que o achado foi acidental em uma novilha deabate. Pode ser quase impossivel encontrar parênquima normal nestes rins. Os cistos adquiridos geralmente são menores e multiplos, e com presênça de cicatrização e inflamação.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Nefrite intersticial focal em bovino

Este tipo de nefrite focal não supurativa é uma sequência de trocas comparáveis às de uma infecção difusa, porém que se localiza em múltiplos focos discretos como mostra a foto ao lado. Este tipo de nefrite é presumível que as suas causas sejam idênticas a nefrite difusa. A melhor forma conhecida desta nefrite intersticial focal corresponde ao chamado rim de manchas brancas dos bezerros que é muito frequente. Parece ter pouco significado porque se trata essencialmente de um achado acidental de necropsia em bezerros jovens, e possivelmente se atenue com a idade. Em alguns casos sem duvida, se produz a morte por insuficiência renal. A lesão tipica são manchas ou nódulos branco acinzentado visível através da capsula, porém  especialmente patente quando a capsula é eliminada como mostra a fotografia ao  lado. Estes nódulos podem medir 0.5-1 cm de diâmetro. A capsula renal pode se desprender com facilidade ou pode mostrar aderências fibrosas na superfície de um ou vários nódulos. À superfície de corte os nódulos parecem estar confinados à cortical renal, e são de textura e aspecto de gordura. As causas e patogenia do rim de manchas brancas são desconhecidas. Pode existir mais de uma causa, porém em muitos casos, talvez em todos parece que o agente responsável seja a Escherichia coli.