sábado, 31 de março de 2018

Testículo em um anel herniário

É um deslocamento do testículo de sua cavidade de origem através de uma abertura congênita ou adquirida. O peritônio e pele podem permanecer íntegros com formação sacular. Estas hérnias inguinoescrotais são caracterizadas pelo deslocamento do testículo no canal inguinal como mostra as fotos. A etiologia pode estar relacionada com ma formação congênita do canal inguinal, descida do testículo, esforço de tração, corridas, saltos e ser hereditária. A maioria dos cães com esta alteração apresenta uma massa disforme e mole na região inguinal geralmente dolorosa à palpação. Esta massa pode ser redutível à palpação. 


Hemorragia testicular em um cão SRD

Este fenômeno ocorre quando as hemácias se encontram fora dos vasos como mostras as fotos. Pode haver um dano físico à parede vascular de modo que as hemácias simplesmente fluem através de um orifício, ou ela podem fluir através de uma parede intacta num processo chamado diapedese o que não é este caso. Neste caso apresentado mostra-se uma hemorragia intensa por todo o parênquima do testículo. A cor da hemorragia depende de ser ela devida a sangue predominantemente arterial ou predominantemente venoso, do número de hemácias presentes no parênquima testicular e do tempo decorrido desde a ocorrência da hemorragia. Grandes coleções de hemácias possuem uma coloração muito escura devido à concentração e à anoxia. Este distúrbio desta hemorragia testicular parece a primeira vista uma etiologia traumática. É necessário esclarecer que esta hemorragia pode ocorrer em varias circunstancias devido a fatores etiológicos numerosos, muitos dos quais não associados com a inflamação.    


quinta-feira, 29 de março de 2018

Hidrocele em um touro

Nada mais é do que o acumulo de líquido geralmente claro e seroso na cavidade vaginal que geralmente nunca é abundante. Tem ocorrência comum nos animais domésticos. Esta alteração geralmente é resultado de edemas generalizados, porém às vezes, a lesão é uma consequência de alterações do próprio escroto, localizadas principalmente à altura das veias espermáticas, e nestas condições o edema sobrevêm devido a distúrbios na circulação de retorno. Pode ter também etiologia inflamatória ou traumática.   


quarta-feira, 21 de março de 2018

Hemorragia renal em um cão por trauma

Como pode-se observar na foto a hemorragia esta na capsula renal adentrando-se pela cortical renal. Geralmente tais hemorragias peri renais ou para renais são de origem traumáticas como observa-se também a hemorragia muscular. Acreditou-se ser devido a um coice pelo proprietário do animal.


Hipoplasia renal em um cão

É o deficiente desenvolvimento do rim ou parte dele, que fica assim mais ou menos abaixo do seu tamanho normal ou melhor, o rim sofre uma parada de crescimento numa determinada fase do seu desenvolvimento como mostra a foto. Literalmente quer dizer deficiência de formação. Este distúrbio ocorre no período de crescimento, geralmente antes do nascimento. Difere da hipotrofia porque um rim hipotrófico é o que sofreu diminuição apos haver atingido seu desenvolvimento normal. Há sempre uma hipertrofia compensadora ou vicariante do rim oposto como mostra a foto. Nem sempre é fácil diferenciar a hipoplasia da hipotrofia.  

Congestão cortico medular no cão

É a patologia da hiperemia passiva ou venosa ou de estase normalmente cronica que ocorre entre a cortical e a medular renal. Como mostra a foto o rim apresenta entre as duas regiões renais uma coloração vermelho escura ou cianótica. De modo geral a insuficiência do ventrículo direito por endocardiose da valva tricúspide pode levar a esta lesão.  

Tuberculose nos bovinos

É a mais importante nos animais domésticos. Causada quase que exclusivamente pelo bacilo tipo bovino, mas pode ocorrer infecção com o tipo humano e aviário. As vias de infecção mais comuns dos bovinos são respiratória e alimentar. A maioria dos bovinos adquire a infecção após 6 meses a 1 ano de idade ou mais. Nestes, a chamada infecção dos adultos, a maioria das lesões ocorre nos linfonodos mediastínicos, peitorais, como mostra as fotos. Também pode ocorrer nos linfonodos retrofaríngeos e brônquicos. O tubérculo ou folículo tuberculoso é uma lesão de dimensões variáveis indo desde o tamanho de uma cabeça de alfinete até grandes tubérculos por confluência das lesões menores como mostra as fotos com o aspecto macroscópicos de um nódulo firme ou duro, de cor brancacenta, cinzenta ou amarelado. A superfície de corte é amarelada, caseosa, com centro necrótico, seco e sólido em contraste com o pus dos abscessos. É comum a mineralização e ao corte um tubérculo tem-se a sensação de areia e um som peculiar que indica a presença de material calcário.         


sábado, 17 de março de 2018

Pleurite cronica em uma vaca

A alteração patológica mais comum da pleura é a inflamação que denomina-se pleurite. Normalmente é secundária a uma pneumonia, mas pode ter uma etiologia de origem traumática ou por extensão direta de abscessos mediastínicos ou de esofagite. Esta alteração também pode ter sua etiologia em bactérias como a pasteurela, Escherichia coli e estreptococos e vírus. Aqui neste postamento mostra-se uma pleurite cronica, pois esta invadida por tecido conjuntivo fibroso. 

Perihepatite cronica em uma vaca

As inflamações hepáticas podem ser classificadas segundo o tempo em que elas persistem em agudas e cronicas, não havendo uma linha divisória precisa entre este dois grupos, pois a inflamação aguda pode persistir e tornar-se cronica. Por outro lado, nem todas as hepatites cronicas são provenientes das agudas. Muitas vezes, estímulos de baixo grau ou microorganismo de baixo poder patogênico podem desencadear hepatites cronicas sem nunca provocar reação aguda plenamente desenvolvida. Para simplificar aqui neste postamento estou apresentando como demonstra a foto a hepatite cronica, mas precisamente uma peri hepatite cronica. Aqui como é um caso de matadouro, possivelmente a persistência do agente lesivo foi por semanas ou anos, tendo havido um estimulo constante para a reação inflamatória que foi provocada por um agente irritante de baixa intensidade, e uma resistência orgânica alta. Nesta foto observa-se uma reação proliferativa intensa em torno do figado de presença de tecido conjuntivo fibroso que aderiu à cápsula hepática o que por si só macroscopicamente é suficiente para caracterizar uma inflamação cronica de uma perihepatite cronica. 

quarta-feira, 14 de março de 2018

Piloconcreção em uma vaca SRD

Estes corpos estranhos são também chamados benzoários ou egagropilos ou bolos de cabelo. São acúmulos de pelo de forma esferoidal que se encontram nos pré-estômagos, estomago e intestino dos ruminantes, e estomago de suínos, equinos e cães. A denominação de benzoarios vem do vocábulo árabe ou persa "baazar" que significa contraveneno, pelo fato de os árabes e outros povos orientais considerarem ter este aglomerado de pelos propriedades mágicas, contra doenças epidêmicas, feitiço e contra o demônio. Por esta propriedade miraculosa, tal amuleto era adquirido por preços altos. Os mais procurados eram os que provinham das cabras do Tibet (hircus aegagrus) do qual deriva a denominação egagropilo. Estes corpos estranhos diferem dos cálculos pelo fato de serem um corpo estranho retido no tubo digestivo. Podem ser únicos como neste caso postado ou múltiplos e de diversos tamanhos . São lisos ou eriçados às vezes coberto por uma camada de muco. Encontram-se tanto em animais jovens como adulto. Sua forma pode ser redonda, oval ou alongada. São leves, em contraste com as fitoconcreções e cálculos verdadeiros. Eles formam por ingestão de pelos. São encontrados mais frequentemente em bezerros,em consequência de hábito de se lamberem e ingerirem assim pelos. Com as contrações do estomago, este material se enrola formando bolos. Os egagropilos podem se tornar muito frequente quando uma doença de pele (sarna, eczema), ataca animais em ambiente confinado.   

domingo, 11 de março de 2018

Fibroma em um cão

São neoplasias derivadas de fibroblastos, comum em todas as especies. Aqui mostra-se um fibroma em um cão de localização na pele, mas pode ser visto onde houver tecido conjuntivo fibroso. Macroscopicamente como mostra as fotos são tumores arredondados ou ovoides, bem circunscritos, de cor brancacenta e consistência firme. Alguns podem ser pedunculados ou papilares. Os fibromas microscopicamente devem ser diferenciados de tecido de granulações que são constituídos de feixes paralelos, de fibroblastos e fibras colágenas com capilares proliferando em ângulos retos. Estes tumores frequentemente, se confundem com hemangiopericitoma, linfocitoma. O fibroma nos cavalos recebem a denominação de sarcoide equino.


quinta-feira, 8 de março de 2018

Tétano em bezerro e em um cavalo

O tétano é uma toxi-infecção altamente letal que atinge quase todos os mamíferos. É uma toxemia causada por absorção de uma neurotoxina especifica do tecido infectado pelo agente etiológico a bactéria Clostridium tetani (ou Bacilo de Nicolaier), que mede em torno de 2,5 por 0,5 µm. A penetração do esporo dessa bactéria nas feridas ou solução de continuidade da pele leva a uma consequente multiplicação e síntese de uma potente neurotoxina (em condições de anaerobiose), conhecida como tetanospasmina. Esta, por sua vez, atua no sistema nervoso central barrando a liberação de neurotransmissores inibitórios das fendas pré-sinápticas, especialmente a glicina, resultando na paralisia espástica. Esta bactéria é encontrada no ambiente, como no solo e fezes de animais, em todo o mundo. Acomete diversas espécies de animais domésticos, mas os equinos são os mais susceptíveis (inclusive, mais do que o homem), seguidos dos ovinos, caprinos e bovinos. A infecção normalmente ocorre por meio de feridas acidentais ou cirúrgicas, que entram em contato com o esterco ou o solo. Os potros recém-nascidos estão sujeitos a infectar-se por via umbilical. Neste posta mento mostra-se o tétano em um bezerro e um equino. Nos bovinos, a doença pode se alojar por meio de feridas causadas da colocação de argola no focinho, da descorna, da castração e de traumatismos durante o parto. Já nos ovinos e caprinos, a instalação da doença se dá, principalmente, por meio da tosquia, marcações, caudectomia e castração, mas pode também ser consequente de uma metrite pós-parto. As aves são muito resistentes, sendo necessária uma dose letal de toxina, sobre a base de peso corporal, de 10.000 a 300.000 vezes maior. Os sinais clínicos são similares em várias espécies de animais. Inicia-se pelo aparecimento de rigidez muscular, acompanhada por tremores, trismo e prolapso de terceira pálpebra; juntamente observa-se expressão alerta com orelhas posicionadas eretas, retração das pálpebras, dilatação das narinas, leve timpanismo, hiperestesia e como mostra a foto do equino onde ele apresenta aumento do quadrilátero de sustentação. A evolução para o óbito ocorre devido à parada respiratória, sendo observadas lesões significativas na necropsia.
O diagnóstico é essencialmente feito por meio do exame clínico, histórico e quadro clínico apresentado pelo animal. Contudo, pode ser realizado o diagnóstico laboratorial feito por meio da demonstração da neurotoxina, esfregaço direto ou cultura anaeróbia de material proveniente da ferida e baço.
O tratamento visa eliminar o agente etiológico, neutralizar a ação das toxinas, controlar os espasmos musculares e realizar terapia suporte. Inicialmente administra-se soro antitetânico por via intravenosa, repetindo quando for preciso; a alimentação fornecida deve ser de fácil deglutição; o animal deve ser mantido em ambiente escuro, sossegado e isolado. Devem ser realizadas drenagem e higienização da lesão (ou das lesões) com água oxigenada, infiltração de Penicilina G ao redor da desta (intramuscular). Pode ser feito uso de fármacos relaxantes musculares. A profilaxia do tétano é feita por meio da vacinação anual dos animais (em especial, equinos); utilização do soro antitetânico antes da realização de procedimentos cirúrgicos ou depois de ferimos que possam facilitar a infecção; evitar o contato de feridas profundas com o ambiente; tomar cuidado com a assepsia do instrumental cirúrgico e antissepsia das lesões; eliminar objetos pontiagudos do ambiente onde o animal vive.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Tuberculose perlada em bovino

Talvez a denominação tísica fosse melhor que tuberculose, pois nesta doença nem toda lesão é granulomatosa ou se apresenta em forma de tubérculo. É tipicamente uma doença infecciosa cronica. O agente da tuberculose é um bacilo álcool ácido resistente pertecendo ao gênero Micobacterium com as especies da maior importância hominis var. bovis e M. tuberculosis avium. é a mais importante nos animais domésticos. Causada quase que exclusivamente pelo bacilo tipo bovino, mas pode ocorrer infecção com o tipo humano e aviário. As vias de infecção mais comuns dos bovinos são respiratórias e alimentar. Como é aceito que a tuberculose bovina pode ser adquirida por inalação ou ingestão, é evidente que a localização do complexo primário depende da via de infecção. A maioria dos bovinos adquiri a infecção após 6 meses a 1 ano de idade ou mais. Observou-se neste caso em matadouro extensas áreas de caseificação e mineralização, principalmente nos linfonodos e com disseminação nas serosas, principalmente pleura e peritônio. Nestas membranas os tubérculos de forma nodular, são de vários tamanhos sendo disseminados nas superfícies das serosas como mostra as fotos dando a chamada "tuberculose perlada". 


segunda-feira, 5 de março de 2018

Rutura de vaso na bexiga de um cão


A ruptura da vesícula urinária na patologia pode se dar de forma traumática ou espontânea. A lesão traumática pode ser causada por atropelamentos, quedas, golpes abdominais violentos, objetos perfurocortantes, ou fratura dos ossos da pelve. Além destas perfurações traumáticas, a vesícula urinária pode eventualmente ser rompida durante a passagem de sonda uretral. A ruptura espontânea ocorre normalmente em quadros de obstrução uretral prolongado ou necrose da parede, durante uma torção ou retroflexão vesical. Também são responsáveis por estas ruturas e hemorragias tóxicos exógenos ou endógenos (uremia), infecções agudas na leptospirose. Os sinais clínicos se manifestam principalmente na forma de dor a palpação abdominal, ligeira hematúria, e acúmulo de líquido na cavidade abdominal. Neste postamento observou-se equimoses e hematomas na mucosa vesical. por outro lado verifico-se coágulos no liquido urinário com bastante hematuria na luz da bexiga.